quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Filosofia de Madruga

Todos nós passamos uma hora ou outra por fases musicais. Tem momento que só ouvimos um estilo (pop, axé, rock, samba...) ou somente as músicas de um cantor específico. Às vezes uma única música para sempre no repeat.
E não é somente uma vez que essa fase acontece, não! Cada espaço da sua vida os seus gostos se modificam por inúmeros motivos.

Eu mesma já passei por diversas fases. Já decorei todas as músicas de Chiquititas, conhecia de traz para frente a história da Britney Spears, toda sentimental ouvi baixinho Sandy & Júnior Internacional (vergonha própria!), voltei no tempo e me apaixonei pelo vocalista do A-Ha, cantava a plenos pulmões Backstreet Boys/N'Sync, fiquei dias inteiros com uma única música da Déborah Blando, declamei RPM, sonhei em me casar ao som de Nothing Else Metters (Metallica) e tantas outras situações totalmente aleatórias - e não respectivamente - que não consigo, por mais que me esforce, lembrar agora.



Há algum tempo estou na - minha - onda MPB. Ouvindo de tudo e me apaixonando por vários cantores que antes não eram muito bem vistos por mim. Apesar de estar correndo atrás de inúmeros para conhecer, percebi, já faz algum tempo, que os que entraram realmente na minha playlist mental são os vocais femininos!

Estranho isso. Não que eu não goste de Chico Buarque, Novos Baianos, Jorge Vercillo ou Zeca Baleiro. Gosto sim, e muito, desses em particular. Porém dificilmente eles são os escolhidos para um descanso mental ou um momento de maior concentração.



Minha vibe está em Maria Rita (quem me conhece, entende pelo menos um pouco a, digamos, fascinação), Zélia Duncan (o CD novo está fenomenal e um dia falo mais dele aqui), Ana Carolina (de repente comprei CD + DVD), Rita Lee (a rainha mór), Elis Regina (sem comentários), Fernanda Takai/Pato Fu (discografia completa), Roberta Sá (voz melodiosa), Marisa Monte e outras em processo de descoberta.



Inclusive quando vejo um cenário mais internacional na minha pasta de Músicas do pc, as mulheres continuam a dominar! É Pink, Ella Fitzgerald, Cyndi Lauper contra Rolling Stones e Metallica.

Depois de explicado isso eu exponho a filosofia da madrugada de hoje: o nosso gosto musical é influenciado pelo seu estado emocional relacionado com o futuro? Não entendeu?
Assim: quando se está inquieto para que algo no futuro chegue logo o seu gosto fica inquieto também, pulando de galho em galho e gostando de tudo ao mesmo tempo; quando a situação está mais calma, mais racional, você freia em um estilo e consegue se manter lá por uns bons anos, sem projeção de mudança e muito feliz assim.

Sim, é totalmente sem noção o que acabei de dizer, mas a intenção aqui é que você reflita sobre seu gosto musical e como isso pode demonstrar sobre a sua situação atual de vida.

A minha está bem calma, com objetivos e planos sendo traçados aos poucos. Existe impaciência com o futuro sim, por isso as pequenas ovelhas negras na minha playlist, mas em geral, a coisa está morninha e bem confortável, diga-se de passagem. Não suporto, ultimamento, muito barulho por nada. Confuso demais.

* Enfim, se você não viu nenhum sentido no post, desculpa. Agora são 4h30 da manhã e sabe como a cabeça viaja em uma hora dessa.

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