segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Enquanto nós dormíamos

Acabei de assistir - pela milésima vez, diga-se de passagem - a comédia-romântica Enquanto você dormia, com a Sandra Bullock e o Bill Pulman.

A história é recorrente em filmes desse gênero: Lucy (Sandra Bullock) tem uma paixonite platônica por Peter (Peter Gallagher, o Sandy Cohen de The O.C.), que passa todo dia pelo metrô em que ela trabalha. Quando Peter sofre um acidente na sua frente, Lucy o salva e vai para o hospital junto com ele. Graças a uma confusão de uma enfermeira, a família de Peter entende que Lucy é a mais nova noiva dele, apesar de nunca terem ouvido falar nela. Lucy não desmente por vários motivos e a história vai se desenrolando até que ela conhece o irmão de Peter, Jack (Bill Pulman). Eles se tornam muito próximos e como Peter ainda está desacordado, se apaixonam.
Por isso o nome do filme. Tudo acontece enquanto ele dorme.

Não vou contar o final, esperando que quem não viu o filme, veja!
Apesar de não ser nenhum clássico cult do cinema, vale a pena ver essa comédia-romântica de 1995.



Assistindo a esse filme mais uma vez, fiquei pensando em como as coisas acontecem sem estarem planejadas. E de certa forma, este filme quebra a lenda do "amor à primeira vista".

Na maioria das vezes nós acreditamos tão fielmente em um sentimento e temos a certeza de que ele é verdadeiro e "para sempre" e é só esperar o tempo passar e percebemos o quanto estávamos enganadas. Tão enganadas.

E não é só com amores não! Podemos pensar dessa forma com amigos, comida e até roupa. Viagem minha? Talvez. Mas quanta vezes não nos decepcionamos com uma amizade que dávamos tanto valor e depois percebemos que aquele amigo que não considerávamos tanto, é tão mais fiel que o outro que deu a "bola fora". E quando idealizamos tanto uma comida e temos a certeza de que será uma delícia e na verdade a decepção é tão grande que nos voltamos para o bom e velho brigadeiro, no caso de doces. Ou então aquela roupa linda na vitrine não fica lá essas coisas em você, sobrando um paninho aqui e faltando outro ali, e é nesse momento que retornamos a usar aquela camiseta velha e o jeans surrado que tanto nos valoriza e nos deixa confortável.

Pois é. Temos que aprender a nos deixar apaixonar com o conhecido, por que o desconhecido nem sempre é o ideal. E as vezes, nem o conhecido. Mas aí é outra viagem e talvez outro filme.

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